Terça de manhã e lá estava eu, chegando frustrada da aula de
spinning. Nem acredito que acordei às seis da manhã para fazer a bendita aula e
só consegui ficar vinte minutos. Esse mal costume de não tomar café da manhã
realmente tem que acabar. Como de costume tomei um banho (algo chamado
popularmente de higiene) e fui dar uma olhada em um site que tinha acabado de
me inscrever. Site legal, onde escritores profissionais e amadores se reuniam e
colocavam seus textos para os outros verem. Os feedbacks chegavam logo. Foi aí
que me deparei com aquilo, um humano que comentou que minha poesia estava boa.
“bom.” Foi o que o indivíduo escreveu.
Não que isso seja ruim, pois não é. Mas só “bom.”? Aquela
não era qualquer poesia, era uma das minhas preferidas e para uma crítica
severa de si mesma, gostar de algo seu é algo raro. Só surge de século em
século. Aquele almofadinha safado... Então eu, no meu instinto de vingança mais
cruel e impiedoso, fui em sua página fazê-lo sentir a profunda decepção que senti.
Fui em seu poema mais lido, quem sabe o mais querido, e escrevi “bom.”.
Por que essa cisma com bom? Depois que alguma pessoa nada
querida me falou que “o bom é inimigo do melhor” nunca mais gostei de ouvir tal
palavra. Não venham me falar que meu bolo está bom, que meu texto está bom ou nem que meu cabelo
está bom. Ou está horroroso ou maravilhoso. Mas só “bom”, ah isso não é mais
comigo.
Será que era aquele comentário infeliz ou a aula que não deu
certo? Acho que nunca vou saber.
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