terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O ar de quem fomos


Os tempos que se foram correram,
E acho que nem sequer sei como falar
Do que houve conosco.
Ainda começo sem fim
E acabo sem ti.
Começo sem saber começar,
E termino sem saber acabar.
Desta vez não vou sentir raiva,
Ódio ou afeição por qualquer coisa que fomos.
Manterei o ar blasé
De quem não sabe começar.
De quem não sabe terminar.

Mariana Bernardes

Um comentário:

  1. Parabéns um belo poema, não tenho certeza se consegui captar toda essência, todavia ficou muito bom!
    É o que sempre achei de todos, alguns me identifico mais outros menos, agora a qualidade está sempre presente.
    Dedicação, harmonia e presença!

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