terça-feira, 26 de março de 2013

Ateus Desesperados


Venho de uma família católica. Não fanáticos, quer dizer, nem todos são, mas ainda sim gostam muito de frequentar a missa e respeitam muito as datas comemorativas da igreja. Em meus anos de rebeldia adolescente, indo a favor de todas as expectativas, me tornei ateia. Decidi que não acreditava em nada. Acreditar era para os fracos.
Existem dois tipos de ateus: aqueles que realmente não acreditam e vivem muito bem com isso, obrigada, e os ateus desesperados. Eu me encaixava nos desesperados. Esses são aqueles que dizem que Deus não existe, que a bíblia é uma grande farsa, falam tudo sem nenhum embasamento, apenas por falar. Porém quando a coisa aperta, rezam, pedem de joelhos e gritam: “PELO AMOR DE DEUS!”. Se o avião está caindo são os primeiros a rezar o Pai Nosso quinze vezes sem espaço para respirar.
Ainda tenho dificuldade em acreditar em Deus, prefiro acreditar no Segredo. Sou contra rótulos, mas sou a favor de toda e qualquer ideologia. Ateu desesperado, Ateu, Católico, Evangélico, Espírita, Umbandista, por mim tanto faz. Fazendo bem que mal tem? Mas devo dizer, os ateus desesperados por algum motivo desconhecido, são os meus favoritos.

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