Venho de uma família católica. Não fanáticos, quer dizer,
nem todos são, mas ainda sim gostam muito de frequentar a missa e respeitam
muito as datas comemorativas da igreja. Em meus anos de rebeldia adolescente,
indo a favor de todas as expectativas, me tornei ateia. Decidi que não
acreditava em nada. Acreditar era para os fracos.
Existem dois tipos de ateus: aqueles que realmente não
acreditam e vivem muito bem com isso, obrigada, e os ateus desesperados. Eu me
encaixava nos desesperados. Esses são aqueles que dizem que Deus não existe,
que a bíblia é uma grande farsa, falam tudo sem nenhum embasamento, apenas por
falar. Porém quando a coisa aperta, rezam, pedem de joelhos e gritam: “PELO
AMOR DE DEUS!”. Se o avião está caindo são os primeiros a rezar o Pai Nosso
quinze vezes sem espaço para respirar.
Ainda tenho dificuldade em acreditar em Deus, prefiro
acreditar no Segredo. Sou contra rótulos, mas sou a favor de toda e qualquer
ideologia. Ateu desesperado, Ateu, Católico, Evangélico, Espírita, Umbandista,
por mim tanto faz. Fazendo bem que mal tem? Mas devo dizer, os ateus
desesperados por algum motivo desconhecido, são os meus favoritos.
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