segunda-feira, 8 de abril de 2013

Não existe amor na segunda feira


Desde pequena nunca entendi bem o ódio profundo dos adultos pela segunda feira. Devo dizer que ainda não compreendo completamente. Sei que segunda feira é um dia muito pouco querido por todos. E recentemente, muito pouco querido por mim também.
Descobri há algumas semanas o que poderia ser bastante óbvio para algumas pessoas: e-mails de trabalho não são respondidos durante os finais de semana, o que quer dizer que dificilmente as respostas chegarão na segunda feira. Esse fato poderia tornar o primeiro dia útil em um dia maravilhoso, onde respostas douradas cairiam dos céus em envelopes eletrônicos de ouro trazidos por anjos cantarolando belas canções. Um dia de bênçãos, onde tudo daria certo. Porém o tão esperado dia das respostas se tornou o dia de roer as unhas que esperei uma semana para deixar crescer, fumar cigarros demais e acabar com uma tosse escrota e tomar muito café, ao ponto onde começava a conversar sozinha, xingando todos aqueles que não me responderam no momento em que achei apropriado.
Não preciso dizer que esse ritual durava horas, a síndrome do F5 foi se instalando sorrateiramente, e assim fui me tornando uma senhora com pigarro que resmungava demais. Isso até chegar alguma resposta, quando ela chegava, e então eu fumava cigarros demais, bebia café demais e continuava a falar sozinha. Logo o costume foi se instalando, mesmo sem os e-mails, e a segunda feira foi se tornando um dia de pura ansiedade. Não acho que exista uma equação que possa explicar o inferno astral que as segundas feiras representam para cada ser humano no planeta, sei que essa é a explicação mais coerente para explicar o porque toda segunda feira acordo mau humorada e com vontade de amaldiçoar o mundo.
Continuo com a crença: não existe amor na segunda feira.

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