segunda-feira, 20 de maio de 2013

Diário de notas sem texto

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17 de maio de 2013 – 2:15 da manhã
As pálpebras pesadas incomodam bastante, pois quero dormir e não consigo. A doce terra dos sonhos parece distante. Esse é o momento de me explicar melhor.
Toda a minha personalidade consiste em ser mais uma pobre jovem rica, perdida em suas pretensões e com a insistente mania de ser pouco realista, apesar de extremamente crítica. Começo a escrever essas notas despida de personagens. Aqui represento a mim mesma, perdida nos meus quase vinte anos e no, ouso dizer, inferno de ser jovem nessa geração. Não pretendo mentir nas notas que se seguem, o que eventualmente pode acontecer, então começo contando uma verdade vergonhosa: tenho o sonho secreto de ser uma voz da geração que tanto afirmo detestar. Como já disse, aqui não sou nenhum personagem e me atrevo a escrever à mão em uma folha sem linhas.
Como a maioria da minha idade sonho com uma carreira financeiramente inviável, o que desagrada secretamente meus pais. Quero escrever livros, eles querem que eu seja jornalista. A faculdade não está nos meus planos, mas o que não fazemos por amor? A convivência, por outro lado é quase uma missão impossível. A matemática é simples e a realidade complicada.
Aprendi quando pequena que não é de bom tom falar muito sobre si, então apesar de escrever notas completamente biográficas e um blog, vou fingir ser um exemplo de etiqueta e parar antes de me tornar rude.

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