domingo, 10 de julho de 2011

Sou o caos pt.2

Mas e quando sou eu? Eu amo, amo loucamente, inconsequentemente, inescrupulosamente. Sem pudores. Sem medos. Sem futuro. Amo no hoje até o que pode vir a me destruir, e mesmo sem saber se é amor, o que é o amor, acabo amando a possibilidade. Sou uma velha, a ultima romântica. Sem clichês, sem rosas ou chocolates. Mas a ultima. Acredito que sou desacreditada nos limites. Limites definem as possibilidades e eu, sendo eu, gosto mesmo do impossível, inatingível. Uma vez disseram-me que o impossível só é impossível quando é dito que ele o é. Como não dei ouvidos aos desacreditados acredito no meu impossível possível. Entro nele com todas as minhas forças e nada o tira de mim. Assim como nada me tira dele. Platão diz que o amor só é real, verdadeiro e perfeito quando vivido no mundo das idéias. O amor no mundo dos sentidos se engana, mente, pois os sentidos em si são distorcidos. Meu amor é distorcido até quando é real, então sendo ideal não me encanta. Pois eu, sendo eu mesma, gosto é do sonho da incerteza, gosto do engano. Amo meu tipo de amor simples e unicamente por ser quem sou. Parte caos e parte real.

2 comentários:

  1. "O que obviamente não presta sempre me interessou muito. Gosto de um modo carinhoso do inacabado, do malfeito, daquilo que desajeitadamente tenta um pequeno vôo e cai sem graça no chão." amei esse, napo :)

    ResponderExcluir