domingo, 3 de julho de 2011

Só por hoje


Hoje não lamentarei as lamúrias do meu inferno
Olharei cegamente à frente dos meus sonhos
Seguirei sem leviandade guiado pelas mãos de iguais.
Hoje olhei para dentro e a bola de neve negra não estava lá
Viajei por trás das pálpebras fechadas e limitei meu senso
Construí, por fim, quem sempre fui
Tirei as correntes que feriam meus calcanhares
E decidi que daqui em diante andarei livre no desconhecido
Irei encarar meu caos e escuridão
Sem que precisem virar luz
Expurgarei meus demônios por entre os dentes
Serei meu caos em forma de verso

Mariana Bernardes

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