Andava pela rua e parei. Onde me encontrava? Eu sabia geograficamente e fisicamente. Mas onde, em que lugar em mim , me encontrava? Afinal para onde estava indo? Medo. Este era a minha companhia. Sempre o senti, mas, por muitas vezes o mascarei e me fiz destemida. Tinha medo. Sentia medo do medo. Assim, ignorando-o passei a temê-lo. O trouxe para perto.
Cair na realidade dói. E este, digo-lhe com veemência, foi e continua sendo meu grande medo. Achei que o único sentimento comum à todos os homens era a dúvida, mas no meu contínuo questionamento achei outro companheiro inseparável dos que ainda vivem. Quem se foi não se questiona e nem mesmo teme, mas já os que estão... Estes podem não querer mas o fazem involuntariamente. Sim, estes são companheiros inseparáveis. Começo a duvidar do medo e temer a dúvida. Medo de temer. Medo de entregar-se. Medo de morrer. Medo de viver. Medo de perder e até o medo de ganhar, vem a pergunta “o que fazer com o premio?”. Dúvida. Medo. Indivíduos únicos e fascinantes, até assustadores, que no fim formam uma unidade. Deveríamos temê-los?
Ameii!!!
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