quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Fecundação

O lápis fecunda o papel.
Criei.

Autor desconhecido

Sintético


Hoje falo demais, em linhas demais.
Quando só quero dizer o que a alma pede,
Quando a alma pede.
Quando a alma encontra coração,
Daí vem a minha inspiração.

Mariana Bernardes

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Me Enxerga?


Não vês que sinto por ti
O que não senti por nenhuma outra dama?
É uma lua de mel, pão de mel com recheio de drama
Mas uma hora a tempestade passa,
Passamos por cima de nós
Por tempo demais, e tu já não me enganas.
Não precisamos mais mentir,
Não temos que jogar.
Nesse jogo não tem quem ganhe,
Não tem quem perca,
O amor morre.
Teu choro, meu choro,
Teu pranto, meu pranto,
Teu riso, meu paraíso.
Mulheres já algumas passaram
Pela minha vida e minha história.
É você, atrasada, que chegou tarde
Mas na hora perfeita.
Foi olhar-te do outro lado da sala
E pedir clemencia para que aquilo,
Para que aquilo não fosse brincadeira.
Nosso caso é antigo
E os anos que nos separam
São os mesmo que nos aproximam.

Mariana Bernardes

Promessas Curtas


São promessas curtas as que faço pra você
Mas todas verdadeiras, do fundo de mim
Em baixo, em cima, acima, adentro
Dentro da minha cabeça, corpo, coração.
Não  existe mais a escolha de te deixar,
Isso seria me abandonar pois já somos um.
É amor, carinho mas também paixão
Que arde e queima, machuca e agrada
Nosso amor aguarda este incêndio terminar
E vem como quem não quer nada
Nos joga um contra o outro, corpo a corpo
E novamente somos um.
Você fala e eu calo, eu grito e você acalma,
Eu choro e você segura teu choro,
E quando eu rio nós rimos juntos.
Será que isso é amor?
Ou a palavra, que já está demasiada banalizada
Perdeu a intensidade? Nem sei mais
Amar, amo, ama, simples.
Mas o Amor ainda tem seu valor.
Vou inventar outra palavra para descrever o que sinto
São várias em uma, é confuso e excêntrico.
Esqueça, não sei escrever.
Porém o amor é parte do que sinto por você.

Mariana Bernardes

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Paz


Eu quero paz
Quero ir ao campo
Deitar-me sob as árvores
E, sem ver o tempo passar,
Viver, sentir, dormir e acordar.
Quero parar os carros
E descansar no silêncio.
Silêncio.
Destruir os relógios e seus barulhos,
Sair sem medo e sem fardo,
De cara limpa e sem farda.
Não quero bens ou elogios
Quero a vida ao meu modo.
Em uma terra de ninguém
Só paz, este é o pedido
Que faço à um qualquer alguém
Peço à vocês e às divindades,
Paz para ir um pouco além.

Mariana Bernardes

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Soluço noturno


Impossível dormir com tanto barulho ao meu redor
No profundo silêncio que me abraça e envolve
O som alto dos pensamentos perturba meu sono.
Acordo suada de medo e insegurança
E meu corpo reage me dando soluços contínuos
Soluços que vivem e são quase indomáveis
Remexo, viro, sonho e acordo.
Pereceu um presságio, o sonho turvo e virado
Pareceu um sonho, foi real
Foi real apenas em mim
Este sonho barulhento, suado e truculento.

Mariana Bernardes