quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Caminho

É marcha batida,
É passo marcado,
É ordem unida,
De vida de gado.
É bala de fogo,
É ponta de espada,
É uma baioneta,
No peito encravada.
É cela pequena,
É raio de luz,
É poça de sangue,
Ao lado, uma cruz.
É corpo ferido,
É vida tombada,
É busca de glória,
No encontro do nada.
É fim de estrada,
É sol se apagando,
É lágrima seca,
Chorando, chorando.
É poço profundo,
É corpo descendo,
É morada primeira,
De quem nasce morrendo.
Nascendo, morrendo,
Morrendo, morrendo...


Edegar Bernardes

Nenhum comentário:

Postar um comentário