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quarta-feira, 27 de março de 2013

Sinta quem lê!

“Sinta quem lê!” dizia  Fernando Pessoa, mas como alguém lerá um sentimento que não está lá? As letras, linhas parágrafos pareciam... nada , não pareciam eles. Era uma sopa de letrinhas, onde nada fazia sentido. Bom é quando o que não aparenta ter sentido, no fundo de si têm um fundamento ou alicerce, mas e quando o sem sentido é realmente sem sentido nenhum. É uma tenda sem seu suporte, fica vazia e leve, leviano, e como um grande paradoxo vem a cair sobre minha cabeça como um tapume. Aí eu paro para me perguntar, eu faço sentido agora? Eu, sequer, tenho sentido? O que venho sentindo? Sentir em todas as suas faces é assustador, cada ângulo traz o desconhecido e até para aqueles que dizem gostar do breu, cada um deles pode paralisar. Sentido e sentimento, tão sutis e violentos. Canções de ninar que paralisam, vêm a congelar até o mais ativo dos seres. Os dois ligados ao ser, e a ser. E aqui no meu vasto devaneio acabo tendo apenas uma grande certeza: o único sentimento que todos, desde um psicopata até uma criança sentem é a dúvida. Será mesmo ou , mais uma vez, falo coisas sem fundamento?

terça-feira, 26 de julho de 2011

Dúvida


“Sinta quem lê!” dizia  Fernando Pessoa, mas como alguém lerá um sentimento que não está lá? As letras, linhas parágrafos pareciam... nada , não pareciam eles. Era uma sopa de letrinhas, onde nada fazia sentido. Bom é quando o que não aparenta ter sentido, no fundo de si têm um fundamento ou alicerce, mas e quando o sem sentido é realmente sem sentido nenhum. É uma tenda sem seu suporte, fica vazia e leve, leviano, e como um grande paradoxo vem a cair sobre minha cabeça como um tapume. Aí eu paro para me perguntar, eu faço sentido agora? Eu, sequer, tenho sentido? O que venho sentindo? Sentir em todas as suas faces é assustador, cada ângulo traz o desconhecido e até para aqueles que dizem gostar do breu, cada um deles pode paralisar. Sentido e sentimento, tão sutis e violentos. Canções de ninar que paralisam, vêm a congelar até o mais ativo dos seres. Os dois ligados ao ser, e a ser. E aqui no meu vasto devaneio acabo tendo apenas uma grande certeza: o único sentimento que todos, desde um psicopata até uma criança, sentem é a dúvida. Será mesmo ou , mais uma vez, falo coisas sem fundamento?

domingo, 10 de julho de 2011

Sou o caos pt.2

Mas e quando sou eu? Eu amo, amo loucamente, inconsequentemente, inescrupulosamente. Sem pudores. Sem medos. Sem futuro. Amo no hoje até o que pode vir a me destruir, e mesmo sem saber se é amor, o que é o amor, acabo amando a possibilidade. Sou uma velha, a ultima romântica. Sem clichês, sem rosas ou chocolates. Mas a ultima. Acredito que sou desacreditada nos limites. Limites definem as possibilidades e eu, sendo eu, gosto mesmo do impossível, inatingível. Uma vez disseram-me que o impossível só é impossível quando é dito que ele o é. Como não dei ouvidos aos desacreditados acredito no meu impossível possível. Entro nele com todas as minhas forças e nada o tira de mim. Assim como nada me tira dele. Platão diz que o amor só é real, verdadeiro e perfeito quando vivido no mundo das idéias. O amor no mundo dos sentidos se engana, mente, pois os sentidos em si são distorcidos. Meu amor é distorcido até quando é real, então sendo ideal não me encanta. Pois eu, sendo eu mesma, gosto é do sonho da incerteza, gosto do engano. Amo meu tipo de amor simples e unicamente por ser quem sou. Parte caos e parte real.

Sou o caos


Amor. Amar. Ser amado. O que vejo do amor é estranho. Vejo amores amorosos e amores conturbados, mas não amo. Não aprendi a amar como os outros. Meu amar é possessivo, obsessivo, tem manias e é cheio de inseguranças. Uso do amor para achar um ponto inferior à mim e, assim, posso começar a me sentir melhor, maior, mais segura. Não procuro amor, procuro uma escada, um degrau. Degrau por degrau vou subindo mas vejo que em cada um deixo uma ruína de mim. Desgasto-me em meio ao fingimento, à mentira, ao egoísmo de ser mais dependendo do outro.
Vi o amor destrutivo de perto. Aprendi que o amor se agride, causa dor e conflito. Quando penso Nele, penso primeiro nos maus momentos e me delicio com eles, afinal eu sou o caos. Que graça veria no simples? Absolutamente nenhuma. Brigo comigo imaginando o outro e rio da situação mais desastrosa e danosa possível, afinal eu sou o caos. Amo o meu tipo de amor pois eu sou o caos.