quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Devaneio maior que os próprios versos


Os olhos, ao corpo
Dá vida.
A Morte, por ser vida
É dividida.
A vida, por ela mesma
Em tempos morre.
Minha escrita, por pulsar vida
Me percorre.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O ar de quem fomos


Os tempos que se foram correram,
E acho que nem sequer sei como falar
Do que houve conosco.
Ainda começo sem fim
E acabo sem ti.
Começo sem saber começar,
E termino sem saber acabar.
Desta vez não vou sentir raiva,
Ódio ou afeição por qualquer coisa que fomos.
Manterei o ar blasé
De quem não sabe começar.
De quem não sabe terminar.

Mariana Bernardes